O PT É A DA BASE DO GOVERNO VILMA, MAS NÃO DA BASE DE BAJULAÇÃO

Em entrevista concedida ao Jornal Tribuna do Norte, 12/08, a Deputada Federal, Fátima Bezerra, PT-RN, disse que o PT é aliado do governo Vilma; isso não significa, porém, submissão, bajulação ou traição às históricas bandeiras de luta do partido.

Greve dos professores do estado:

Fátima disse que o governo teve "uma postura desastrosa" e que "a secretária de educação fez muitas bobagens, cometeu equívoco, um erro atrás do outro. Ela foi com muita sede ao pote com vistas a reprimir o movimento. Esqueceu que estava lidando com um dos movimentos sociais mais organizados do nosso Estado".

O PT e o Governo Vilma;

Fátima lembrou que o PT tem "toda uma trajetória ao lado dos movimentos sociais, não vai abrir mão da sua autonomia NUNCA. Seja aqui, no plano local, ou no plano nacional. Nós esperamos que tenha abertura de diálogo no governo".

Operação Impacto:

"É um episódio que chocou a cidade. É vergonhoso e deprimente. Hoje mesmo publiquei um artigo no qual reitero em meu nome e em nome do meu partido o apoio ao Ministério Público e à Polícia Civil; e toda a nossa confiança de que o MP e a Polícia vão fundo, doa a quem doer. Eu destaco também papel da sociedade civil, aquele movimento Natal Cidade Sustentável, que reúne mais de 60 entidades. Isso é muito bom".

Piso Salarial Nacional dos Professores:

Lembrou que, "como relatora da lei do Fundeb, antecipou o prazo para aprovação do piso salarial para 31 de agosto. Fez uma previsão de até dia 22 desse mês o piso seja votado na Câmara e até 29 no Senado. Vamos buscar todo o esforço para chegar a um entendimento".

Disse ainda, que "O PT e a maioria dos partidos está defendendo o substitutivo mais próximo da proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), que define o salário para professores primários em R$ 900,00; e R$ 1.100,00 para professores de nível superior. A carga horária a gente está definindo 30 horas. E um detalhe: o reajuste deve ser anual, pela inflação. E esse piso deve ficar como salário-base, as vantagens seriam acrescidas ao piso. Essa é a proposta que o PT e a maioria dos partidos está defendendo. Mas até o dia 22 ainda vai ter muita discussão".